Sobre o Transporte e Conexão aos PTTs Metro

Transporte de Dados – Ethernet Line W8 – Conexão aos PTTs

O Transporte de Dados que a W8 fornece para conexão do ISP cliente aos PTTs Metro, seja PTT-SP, PTT-RS, PTT-SC ou qualquer outro, é um serviço que conecta, através de um link Ponto a Ponto, o roteador do ISP cliente (situado na área de abrangência da W8), com um roteador de um dos POPs W8 situado nas localidades onde a W8 acessa os PTTs. No caso de São Paulo, que é o PTT que tem o maior tráfego e mais quantidades de peerings no mundo, a W8 é um dos CIX do PTT-SP.

CIX é um Ponto de Interconexão Intermediário onde um determinado ASN, que tem conexão local e direta com determinado PIX, compartilha suas conexões com os ISP que transporta até este ponto. No caso, a W8 é CIX no PIX Cirion localizado em Cotia e no PIX Eletronet, localizado na Granja Julieta em São Paulo. Temos ainda um POP no Datacenter da Equinix/SP4, localizado em Barueri, onde realizamos peerings diretos e privados (PNI) com provedores de conteúdo lá hospedados, os quais não disponibilizam trocas públicas (ATM) de conteúdo dinâmico no PTT. 

A W8 possui um backbone redundante em São Paulo, interligando os POPs locais, através de equipamentos de transmissão DWDM, com topologia em anel e com capacidade disponível de 800 Gbps entre os pontos, o que possibilita um desempenho superior nas conexões com o PTT-SP ou aos Datacenters da região, assim como maior disponibilidade e confiabilidade.

A W8 fornece dois produtos distintos de Transporte ao PTT-SP: 

a) O Transporte Plus para a conexão do ISP Cliente ao PTT-SP, que é um serviço diferenciado para conexão ponto a ponto entre o ISP cliente e um dos POPs W8 conectados ao PTT-SP, para a troca de tráfego. O transporte parte do roteador do ISP cliente, vai até um dos POPs W8 Regionais (situados no RS/SC) e através de um backbone superprotegido, o tráfego do ISP cliente é direcionado até um ou mais dos POPs/CIX da W8 do PTT-SP, conforme a preferência do ISP cliente.
O serviço disponibiliza uma rede de transporte de dados superprotegida da origem ao destino, composto de última milha (conexão entre o ISP e o POP W8 mais próximo) redundante, conexão desde esse POP Regional até um de nossos POPs de São Paulo por uma rede MPLS composta através de cinco rotas de transporte por meios próprios e/ou contratados de outras operadoras, mais a interligação em anel entre nossos POPs de São Paulo, onde ocorre a conexão do ISP cliente em um de nossos CIX do PTT-SP.

b) O Transporte Padrão para conexão do ISP Cliente ao PTT-SP, também oferece proteção na conexão entre os POPs W8 de origem e destino, utilizando rotas distintas e em sentido inverso desde um de nossos POPs do RS ou de SC até um de nossos POPs de São Paulo, porém utilizando transporte de apenas uma das operadoras parceiras, dependendo da localização do provedor. A conexão ao PTT-SP é em um de nossos CIX no PIX Cirion ou no PIX Eletronet. A conexão do ISP cliente ao POP W8 mais próximo (no RS ou SC) é através de uma última milha simples, com negociação a parte de rota redundante.

Mapa da conectividade W8 entre RS X SC X SP:

Conexão ao PTT-RS - No ambiente do PTT-RS nosso switch está alocado na sala de operadoras do PTT-RS, diretamente no PIX Central (CPD da UFRGS), sendo que transportamos os clientes até esse nosso equipamento e os conectamos diretamente ao ambiente de troca de tráfego. Na inscrição do ISP cliente ao PTT-RS deve ser informado no PIX de conexão: PIX CENTRAL UFRGS e na operadora de transporte de dados a W8 Telecom.

Conexão ao PTT-SC - No ambiente do PTT-SC, abordamos os switches do PTT no PIX central - na UFSC, e no PIX do Campus do IFSC São José. 

Conexão aos PTTs RJ e CE - Através de parceiros de um consórcio que a W8 integra, o cliente tem tbm a possibilidade de ter acesso a trocas indiretas ("atrás" do ASN W8) nos PTTs RJ (Rio) e CE (Fortaleza).    

DEFINIÇÕES:

Um PIX ou IXP (ou Internet Exchange Point / Ponto de Intercâmbio de Internet), é um ponto neutro que mantêm um ambiente onde diversas organizações estão interligadas para trocar pacotes de dados Internet entre si. Os IXP (ou PTTs - Pontos de Troca de Tráfego) são estabelecidos em Datacenters que hospedam equipamentos que permitem a interligação simultânea de centenas de organizações que disponibilizam conteúdo - de streaming de vídeo, sítios de buscas, redes sociais, bancos, universidades, órgãos de governo, entre muitas outras. Essa união de redes permite que a Internet fique mais veloz, eficiente, resistente a falhas e com custo mais baixo.

Os locais disponibilizados e organizados para Troca de Tráfego no Brasil são coordenados através do projeto IX-BR (Brasil Internet Exchange), que estabelece ambientes para as Trocas de Tráfego entre os participantes. Existem determinadas regras e o participante se compromete a cumprir o Acordo de Troca de Tráfego Multilateral IP (v4/v6) - ATM - com todos os demais ASs participantes. Sessões BGP são estabelecidas entre os participantes, sendo que todo o ambiente é monitorado e gerenciado pelo IX-br.

No Brasil a estrutura dos PTTs é regionalizada, não existe um "PTT-BR" ou um PTT Central. Esses PTTs Regionais são ambientes públicos e coordenados pelo IX-BR, sendo que quase todos os estados possuem pelo menos um PTT, com gerencia local sincronizada com as regras do projeto IX-BR, normalmente localizado nas capitais dos estados e hospedado nos Datacenters das Universidades Federais, como no RS (UFRGS) e SC (UFSC), por exemplo. 

O PTT-SP é é o que concentra mais tráfego, mais provedores de conteúdo e o que tem a maior estrutura. Basicamente, existe um PIX Central (IX-BR, junto à estrutura do NIC-BR) e diversos PIX conectados a esse PIX Central, sendo que pode haver ainda, em alguns PIX, a estrutura de CIX, uma espécie de agrupamento de ASs participantes que compartilham uma porta do equipamento do IX-BR, alocada em determinado PIX, onde são configuradas VLANs para dividir e conectar os clientes de determinado PIX ao PIX Central. As VLANs são distintas para IPV4 e IPV6.

Os PIX (ou Pontos de Interconexão - ou de Intercambio) de determinado PTT podem ser estabelecidos em Datacenters Privados, em Universidades ou em Operadoras de Telecom, desde que estes ofereçam um ambiente adequado para os equipamentos do IX-BR, sendo que funcionam como pontos de interligação ao IX.br - são como PoPs do IX.br. Esses PIXs remotos se conectam ao PIX Central cedendo fibras apagadas (por dois caminhos desde o datacenter até o NIC-br), que serão iluminadas pelos eqptos do projeto IX-BR, formando assim, no caso de São Paulo, uma topologia de redes em "Estrela". O NIC.br instala os equipamentos do projeto IX.br e os opera, garantindo a capacidade necessária de transmissão até o PIX Central. Um PIX pode obter retorno do investimento (ambiente de hospedagem) oferecendo a seus clientes os enlaces e/ou 'cross connects' para que cheguem até a estrutura do IX.br.

Um CIX (Canal de Interconexão - ou de Intercambio) do PTT é uma solução de rede utilizada para agregar o tráfego de mais de um Participante, interligando-os ao IX por meio de um canal de acesso compartilhado em um Ponto de Interligação (PIX) ou em um Ponto de Interligação Central (PIX Central). Esta entrega de vários Participantes é feita em um tipo de porta denominada porta compartilhada, que é um conjunto de uma ou mais portas Ethernet agregadas (LAG), do ponto de vista do PIX que a hospeda. Cada participante transportado pelo CIX terá uma porta virtual no IX. 

Na prática, o CIX tem as mesmas funções e atributos do PIX, permitindo porém, que uma mesma ligação física ao IX.br (uma Porta Dedicada em um PIX) seja compartilhada para a conexão com o PIX Central, entre diversos ASs participantes. Os benefícios são maior agilidade na ativação de um novo participante e a economia de custos e recursos tanto para o PTT quanto para o novo AS participante. Quanto ao fluxo de funcionamento, um AS Participante (como é o caso da W8), contrata enlaces e interliga-se fisicamente em camada2 a uma (ou mais) Porta Dedicada de determinado PIX, e oferece a outros ASs a possibilidade de compartilhar essa conexão. No caso, a W8 Telecom é um CIX do PIX Century Link, que transporta clientes desde o RS e SC até seu CIX, conectando os mesmos, através de seus equipamentos e conexões, ao PIX Central do PTT-SP. Maiores detalhes em https://www.ix.br/apresentacao/

Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br

O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (https://www.nic.br/) é uma entidade civil, de direito privado e sem fins de lucro, que além de implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, tem entre suas atribuições: coordenar o registro de nomes de domínio — Registro.br (https://www.registro.br/), estudar, responder e tratar incidentes de segurança no Brasil — CERT.br (https://www.cert.br/), estudar e pesquisar tecnologias de redes e operações — Ceptro.br (https://www.ceptro.br/), produzir indicadores sobre as tecnologias da informação e da comunicação — Cetic.br (https://www.cetic.br/), implementar e operar os Pontos de Troca de Tráfego — IX.br (https://ix.br/), viabilizar a participação da comunidade brasileira no desenvolvimento global da Web e subsidiar a formulação de políticas públicas — Ceweb.br (https://www.ceweb.br), e abrigar o escritório do W3C no Brasil (https://www.w3c.br/).

Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios de multilateralidade, transparência e democracia, o CGI.br representa um modelo de governança multissetorial da Internet com efetiva participação de todos os setores da sociedade nas suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (https://www.cgi.br/principios). Mais informações em https://www.cgi.br/.

Sobre o Brasil Internet Exchange - IX.br

IX.br é o nome dado ao projeto do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGIbr) que promove e cria a infra-estrutura necessária (Ponto de Intercambio de Internet - IXP) para a interconexão direta entre as redes ("Autonomous Systems" - ASs) que compõem a Internet Brasileira. A atuação do IX.br volta-se às regiões metropolitanas no País que apresentam grande interesse de troca de tráfego Internet.
Uma das principais vantagens deste modelo, é a racionalização dos custos, uma vez que os balanços de tráfego são resolvidos direta e localmente e não através de redes de terceiros, muitas vezes fisicamente distantes. Outra grande vantagem é o maior controle que uma rede pode ter com relação a entrega de seu tráfego o mais próximo possível do seu destino, o que em geral resulta em melhor desempenho e qualidade para seus clientes e operação mais eficiente da Internet como um todo. 
Um IX.br (ou unidade do PTT Metro Brasil) é, assim, uma interligação em área metropolitana de pontos de interconexão de redes (PIXes), comerciais e acadêmicos, sob uma gerência centralizada. Mais informações em https://www.ix.br/.